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Opinião | A Dama de Ferro, o filme de uma única atriz


O aguardado longa‘‘A Dama de Ferro’ de Phyllida Lloyd é um filme não linear em sua montagem, utiliza em excesso o recurso da digressão (vai para o passado e volta para o presente) e por essa razão se torna cansativo, mas sem sombra de dúvidas é recheado de boas atuações. 

No papel principal, a melhor das melhores, a atriz Meryl Streep, em uma atuação que deve dar a ela o seu terceiro Oscar. Meryl já garantiu o Globo de Ouro de Melhor atriz em filme dramático em 2012 por "A Dama de Ferro".

Logo no ínicio do filme somos apresentados a uma Margaret Thatcher fraca, já idosa, doente que vive praticamente solitária, sob vigilância rígida de seus empregados e da sua filha. A luta para combater suas alucinações são constantes, nem parecia aquela famosa mulher, figura controversa do cenário político britânico, que ficou 11 anos no poder.

Ao longo dos 105 minutos, a fita revive as lembranças da velha Thatcher e nos mostra a forte personalidade que escreveria para sempre o nome de Margaret na história. Desde sempre, possuía um repertório de frases de efeito (Você é o que você pensa), tinha carisma e o dom da prosa. Para ter êxito em sua caminhada política, abandona o papel de mãe para assumir as rédeas de uma nação grandiosa. 

Deixa o chapéu de lado, recebe aulas de postura e outras dicas ministradas pelos seus assessores, tudo para moldar a nova governante. Seguindo o conselho de seu pai, Margaret trilhou o seu caminho vitorioso, triunfando em uma posição dominada pelos homens. Tornou-se Líder do Partido Conservador e assumiu o Status de Primeira Ministra Britânica (a única mulher no posto até hoje), enfrentou em seu mandato: problemas com a Argentina (Malvinas), com o desemprego em alta, com o Euro, com o IRA e um sentimento às vezes dividido, em relação à ela, de sua nação.

Margaret ficou conhecida por ser durona, inflexível, autoritária e decidida.

Todos os atores que atuam no longa, embora sejam meros figurantes, o protagonismo total é mesmo de Meryl, fazem elevar o nível do filme.

Jim Broadbent é um coadjuvante de luxo. O veterano ator inglês interpreta Denis Thatcher, fiel marido da mulher de punho firme que dá vida à trama, tem ótimos diálogos e atua com bastante naturalidade de forma firme.

Meryl Streep é uma unanimidade do cinema. Em mais uma atuação sensacional ela prova sua versatilidade e competência. Todos os elogios são poucos para expressar o quão excelente foi esse trabalho. Por debaixo daquela maquiagem pesada, às vezes apenas mexendo o olho, vemos que ela tenta a todo o momento se conectar com o espectador. Merece levar o Oscar mais uma vez.

Com o discurso “Se quiser mudar o partido, lidere; Se quiser mudar o país, lidere” e executando-o à risca, Margaret Thatcher é uma figura importante do século passado e você cinéfilo: precisa ver essa história! Que conta com uma interpretação de gala da atriz preferida de vários amantes da sétima arte. Dia 17 de fevereiro nas salas de cinema de todo o Brasil.

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