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Opinião | Espelho, espelho meu...


Por Giuliana Bianchini

Esse último domingo foi muito importante para os fãs de "Once Upon a Time". O episódio não só entregou um bom roteiro com desenvolvimento dos mistérios e personagens, mas também alcançou sua maior audiência desde o retorno da série em 8 de janeiro.

“Fruit of the Poisonous Tree” centralizou seu enredo no personagem Sydney Glass, mais conhecido na Terra dos Contos de Fada por Espelho da Bruxa Má. Pelo menos era o que pensávamos, porque o Sr. Glass iniciou a carreira como gênio da lâmpada. Já volto nessa surpresa!

O episódio apresenta Sydney enraivecido por ter sido descartado e humilhado por Regina, a Bruxa Má. Buscando vingança – ou justiça -, ele procura Emma e oferece ajuda para desmascarar a prefeita. Cansada de ver a poderosa abusando do poder e do filho adotado, Emma decide sair do papel de heroína da série e passa 40 minutos burlando leis para ‘um bem maior’, uma postura digna de palmas de Maquiavel.

Admito que não sou fã da protagonista da série. De todos os personagens, a Emma é a que menos me encanta, apesar da história dela intrigar. Minha paixão está fortemente alocada na Terra dos Contos de Fadas, lugar onde a personagem não existe. E com tantos personagens simpáticos e apaixonantes - ou diabólicos e cruéis - ela cai naquele comum aos olhos, mesmo com a personalidade forte e bons momentos com o restante dos habitantes de Storybrooke. Só que sempre permaneço na torcida pelos pequenos momentos dos outros ‘contos’ mesmo no meio dos problemas dela.

Quando assisti o episódio ao vivo, achei um pouco parado e sem graça. Porém, vendo pela segunda vez, achei a história da Emma muito interessante e estratégica, desde a manipulação sofrida até a morte da moral dela diante da cidade inteira. Esse episódio também fortaleceu a figura da xerife como protagonista da série que vai capengar e sofrer nas mãos da vilã até chegar no final feliz – se chegar.

Outra surpresa agradável foi a história de Sydney Glass. Não costumo acompanhar spoilers e promos de "Once Upon a Time", então não esperava vê-lo preso em uma lâmpada e compartilhando com o pai da Snow um diálogo super copy-paste de Aladin. Mais perfeito só se tivessem pintado o gênio de azul e colocado pra cantar. A origem e o envolvimento dele com a rainha má ficaram autênticos. Ele assumiu o papel de cúmplice por amor muito bem, e ainda nos fez duvidar por alguns segundos da crueldade da Bruxa Má. E, já que a mencionei, Regina encerra um episódio digna do prêmio ‘o diabo veste Prada e está envolvido com a política’. Classuda, inteligente e maquiavélica, ela prova a cada episódio que vai dar muito trabalho para a parcela heroica da série. A vilã não está de brincadeira, e nem é besta.

Enfim, um episódio envenenado de "Once Upon a Time". Um jogo de valores, corrupção e traições. É só polêmica: xerife agindo em prol de prejudicar outra pessoa, gênio liberto que traindo o amo por amor a uma bruxa malvada e até princesa envolvida com príncipe casado (Que vergonha, Snow!). Justificativas ou a verdade nua e crua de que essa história de perfeição não funciona nem com os mais bonzinhos dos contos de fadas?

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