2011 está chegando ao fim e também chega a hora de fazer um balanço do ano definhante. Especialmente de concentrar nossa energia positiva e almejar que o ano vindouro seja tão bom quanto ou ainda melhor do que este que vai acabar.
Baseando-se nesse lema, o site Os Observadores preparou uma matéria especial com resoluções de ano novo para o cinema e a TV, incluindo votos de um 2012 mais generoso aos amantes destas artes. Confira:
10. Menos Nicolas Cage
Ele, infelizmente, está em todas. Só de 2010 para cá, o ator caça-níqueis estrelou 6 filmes de qualidade duvidosa - 'Kick Ass', 'O Aprendiz de Feiticeiro', 'Caça às Bruxas', 'Fúria sobre Rodas', 'Buscando Justiça' e 'Reféns' -. Ninguém aguenta mais esse canastrão nas telas! Aqui vai um conselho, Cage: aproveita que janeiro está aí, pega toda a fortuna que você acumulou em 24 meses e vai tirar umas férias prolongadas. De preferência, que dure outros 24 meses...
9. Mais Christopher Nolan
Um gênio como esse não pode ficar afastado do cinema por tanto tempo. Geralmente há um intervalo de dois anos entre um filme e outro do diretor. A revolucionária nova franquia do Batman estreou em 2005 com 'Batman Begins', em 2006 ele voltou a nos surpreender com o suspense 'O Grande Truque', mas só voltou a dar o ar da graça em 2008 com a segunda parte da saga do Homem-Morcego, 'O Cavaleiro das Trevas'. Ficou fora do circuito por mais dois anos e em 2010 apresentou o inovador 'A Origem'. Felizmente ano que vem ele retorna com 'O Cavaleiro das Trevas Ressurge'. Agora com o fim da jornada de Batman, espero que ele tenha mais tempo para se dedicar a outros projetos, porque 2014 ainda está muito longe.
8. Spielberg, fora da TV
Tivemos o desprazer de acompanhar a (re)incursão desse grande diretor do cinema nas telinhas em 2011. Steven Spielberg foi o produtor executivo da tediosa série de TV 'Falling Skies', que acompanha a vida pós-apocalíptica de personagens chatíssimos depois de uma invasão alienígena na Terra. Também emprestou seu nome para a bomba 'Terra Nova', produção caríssima da FOX que mescla viagem no tempo com dinossauros em uma história rasa, pobre em efeitos especiais e que ainda amargou baixos índices de audiência durante sua exibição. Ou seja, era melhor o cineasta ter ficado com seus dramas de guerra mesmo. Escolha melhor seus projetos da próxima vez, Sr. Spielberg.
7. Cade você, Pixar?
O estúdio - ou fábrica de sonhos na concepção de muita gente - responsável por animações memoráveis como 'Procurando Nemo', 'Toy Story', 'Wall-E' e 'Up' sofre do "mal Nolan". Também ano ou outro lança um filme animado. Muito pouco! Aquela criança dentro de mim que chora, ri e sonha acordado com as belíssimas criações da parceira da Disney quer sair mais vezes para brincar.
6. Quero respeito, TV paga!
Chega de reprises, exaustivas repetições de filmes, longo intervalo de exibição entre as séries na TV americana e brasileira, programação dublada sem opção de legendas, infomerciais em excesso e constantes alterações em grades sem aviso prévio. Hoje em dia investir em TV por assinatura é sair no prejuízo, porque pagamos caro e recebemos conteúdo precário. Um verdadeiro descaso. Exijo mais respeito dos canais pagos para com seus assinantes no próximo ano!
5. Reality show não... XÔ!
Cada vez mais a televisão recorre a esse tipo de atração. Todo ano tem nova edição de 'Big Brother', 'A Fazenda', 'Ídolos', 'Qual é o Seu Talento'... E em 2012 vem 'Amazônia', 'Mulheres Ricas', 'Vivendo com o Inimigo', 'Cante se Puder'... Nossa TV não merece fórmulas engessadas e reaproveitamento de enlatados americanos. Quero programas de qualidade já!
4. Que venham mais cancelamentos em 2012
Doi o coração ver aquele seriado que você curte há anos ser cancelado. Mas doi mais quando o prazer de acompanhar semanalmente seus episódios é substituído pela sensação de tortura. Isso acontece porque produtores fominhas ou emissoras gananciosas não sabem, ou fingem não saber, quando é hora de parar. Ultimamente tenho tido essa sensação com 'Supernatural', 'Dexter', 'Criminal Minds', 'The Office', 'Family Guy'. Naturalmente é difícil sustentar a mitologia de uma série por muitos anos, e o que acontece com grande parte delas é que começam a definhar na quinta, sexta temporada. E só na sétima ou oitava que seus respectivos canais de TV decidem puxar o plugue. Casos clássicos são 'Cold Case', 'Medium', '24 Horas' e agora 'The Closer', cujo fim será na sétima temporada, e 'Desperate Housewives', a ser encerrada em seu oitavo ano. Isso abre uma velha discussão: melhor encerrar um programa em seu tempo áureo ou aproveitar seu sucesso por anos a fio? Eu opto pelo 7. Deveria ser o número limite de temporadas que uma série pode ter. Terminar no auge é mais digno. Eu, fã, agradeço.
3. Santa paciência
Que a Santa Paciência nos dê discernimento para distinguir filmes e programas bons dos ruins e também toda a calma do mundo para aturar a alavanche de porcarias que irá jorrar nas telas em 2012. O ideal seria desligar a TV e ler um bom livro, como sabiamente propõe uma campanha publicitária. Ou evitar assistir um blockbuster no cinema para ler outro livro. Mas, como nós, viciados em séries e cinéfilos de carteirinha, poderemos ignorar nossas paixões? Não dá. Mais fácil pedir paciência à Santa e rezar para ela eclodir inevitáveis bombas como '11-11-11', 'Charlie's Angels' e filmes de Eddie Murphy que surgem todo ano. Amém.
2. Abaixo a mediocridade!
A falta de criatividade em Hollywood já é notoriamente conhecida. Remakes, sequências, adaptações literárias e dos quadrinhos e até refilmagens de remakes (!) são táticas bastante utilizadas por produtores e estúdios cinematográficos para exaurir até a última gota os lucros de suas franquias. Sai ano, entra ano e tanto o número 2 quanto a famosa palavra "nova versão" acompanham os títulos de filmes. Até quando?
1. Seja bem vinda, Originalidade
Nada melhor que uma imagem de 'A Origem' para ilustrar esse tópico. Retificando o que foi dito anteriormente, precisamos de mais Nolans e estúdios Pixar no meio cinematográfico. A sétima arte necessita urgentemente de um sopro de originalidade. Necessita de diretores mais sensíveis. Necessita de menos roteiros adaptados. Necessita de menos executivos chovinistas. A sétima arte, de fato, anda necessitada.

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