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"Imortais", um épico meia boca


"Imortais", que estreou no Brasil nesta sexta-feira (30), traz para a tela mais um pouco do tema já utilizado a exaustão por cineastas de todo mundo e em diversas épocas, a mitologia grega.

A maior qualidade do longa está no visual. Figurinos, corpos esculturais e cenários caprichados, no mais o filme é bem ruim. O mais bizarro é a caracterização do deuses, em nada remetem aos grandes Zeus, Atena e cia Ltda de outras séries e filmes.

Há um herói, Teseu (Henry Cavill, que no próximo ano será visto como o novo Super-Homem), uma sacerdotisa (Frieda Pinto, de "Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos"), um rei maligno (Mickey Rourke, de "Os Mercenários") e deuses irados (John Hurt e Luke Evans são duas versões do mesmo Zeus). 

O elenco, por sinal é de segundo escalão, atuações fracas, muito fracas, se bem que o tipo de filme não pede grandes atuações. Basta saber bater e apanhar.

Eles se encontram em alguma ilha da Grécia antiga em algum período a.C. - quando era possível cultuar os mais diversos deuses, conforme a necessidade do momento. Fora isso, não há muito que faça sentido, ou que valha o esforço de concentração para entender "Imortais".

Há também prisioneiros escravizados, o que inclui Stephen Dorff, que parecia ter se reencontrado em "Um Lugar Qualquer", mas derrapa novamente aqui, e uma série de atitudes misóginas, especialmente vindas do Rei Hiperion, que quer conquistar o mundo. Para isso, liberará os Titãs, seres aprisionados que lutam feito ninjas. Já o Minotauro parece qualquer coisa menos o ser mitológico que todos conhecemos. No fundo, a única coisa que "Imortais" pega da mitologia grega são os nomes dos personagens.

"Imortais" situa-se em algum lugar entre o remake de "A Fúria de Titãs" e "Conan, o Bárbaro". É difícil dizer, no entanto, exatamente onde o filme se coloca, porque a distância que separa aquelas duas produções é muito pequena. Teseu é chato, Hiperion é misógino ("A semente de um homem pode ser sua arma mais mortal", diz ele).

Só uma coisa vale a pena, a pancadaria rola solta, cabeças rolam a todo momento, as batalhas e confrontos são dignas e empolgam, mas isso apenas para quem gosta desse tipo de cena.

No geral, "Imortais" não chega nem aos pés de épicos como "Tróia".


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