Por Giuliana Bianchini
Uma amiga leu que "House" está agradando a imprensa americana. Meu único comentário sobre isso é: Carlos Nascimento DESAPROVA e acha que já fomos mais inteligentes – e menos malas. Mas essa polêmica é velha e fora de contexto. Era só para ilustrar que se estão aplaudindo essa temporada de "House", vou começar a montar meu abrigo subterrâneo porque o mundo está acabando.
A série está com histórias ruins, introduziu personagens novos chatos, deixou mais irritante quem já era (Oi, Foreman!) e pagou um salário ótimo para que os atores Jesse Spencer (Chase) e Peter Jacobson (Taub) se submetessem a mais um ano dessa tortura.
"House" passou anos como uma das séries de maior sucesso da TV americana. Possuía uma audiência ótima e uma fórmula interessante, mas caiu do pedestal que muitos a haviam colocado. Parabéns para a visionária Lisa Eldelstein por abandonar o barco enquanto pôde. Ou devemos culpá-la? Ainda é difícil chegar a uma conclusão, pois a sétima temporada já trazia muitos problemas.
Voltando para os 40 minutos de médico ranzinza desta semana, o nome do episódio dessa semana é "Better Half", ou "cara-metade" para os românticos. Nele, um casal procura um tratamento alternativo para Alzheimer e, quando o marido tem complicações, ele é internado para que a equipe de House descubra o que o está matando, fora a doença degenerativa. Enquanto isso, a adorável e fiel esposa sofre pela condição do marido, e porque não pode dar uns pegas no amigo que a tem ajudado em todos os anos de sofrimento. Já concluindo essa parte do episódio, só aviso que não é lúpus.
Na sala do Wilson, onde resolveram apostar os últimos fôlegos de humor da série, House e o companheiro oncologista partem para uma nova aposta brilhante: o ex-detento quer provar para o amigo que uma mulher só é assexuada porque tem algum problema físico. É interessante, super engraçado e NÃO. Gente, sério mesmo? Esses momentos de clínica ou interações entre os dois médicos sempre geravam coisas muito engraçadas na série, principalmente quando era o House tentando se safar de algum paciente, mas o que foi essa preguiça mental do roteirista dessa semana? Falhou!
Pausa para refletir sobre o papel de Adams na série. Essas lições de moral ursinhos carinhosos baseadas na vida sofrida dela cansam, assim como o Chase ainda escutando e debatendo com ela. Cara, você é melhor que isso. Você já derrubou um ditador maluco, dá pra estapear verbalmente essa mina chata de uma vez por todas.
A cosplay da Velma nem comento. Disse nesse episódio que já catou 30. Pra mais ou pra menos. Todos mentem e você é louca.
Casos fracos, fórmulas batidas, apostas em storylines furadas e ausência de qualquer desenvolvimento dos personagens. O que já foi rei, não consegue nem ser um mero bobo da corte. A esperança de um retorno mais interessante e bem estruturado diminuiu.
Um último detalhe, no final do episódio “libertaram” House do aparelho criminal que ele usava no tornozeleiro. Pois eu faço um apelo aos roteiristas e produtores da série: joguem o House de volta na cadeia. A temporada estava melhor quando eles estavam fazendo crossover com "Prison Break". Pelo menos tinha energia.
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