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TV | Dercy de Verdade estreia com emoção e palavrão


Na estreia da minissérie "Dercy De Verdade", que foi ao ar nesta terça-feira (10), começou a ser mostrado um outro lado da história da artista, até então desconhecido pelo grande público. Pobre e humilde, a jovem sofria com os maus tratos do pai Manuel (Walter Breda) e era muito hostilizada pela vizinhança. Até do coro da Igreja ela foi expulsa.

Em uma verdadeira viagem no tempo e pela história da artista, a minissérie revisitou lugares e situações e apresentou personagens que foram fundamentais para impulsionar Dercy Gonçalves ao seu destino de sucesso e reconhecimento.

Quando a Companhia de Teatro Maria de Castro chegou a pequena cidade, a ainda Dolores, para chamar a atenção de um dos seus astros, o galã, cantor e dançarino, Pascoal (Fernando Eiras), soltou a bela e afinada voz e cantou “A Malandrinha”. O elogio de Pascoal mudou a vida de Dercy para sempre. Depois de ouvir “Você devia ser artista”, não pensou duas vezes, arrumou sua maleta e partiu com a Companhia no dia seguinte.

Tempos depois que a Companhia Maria de Castro se dissolveu e de ter formado a dupla “Os Pascoalinos” com Pacoal, Dercy, com o apoio de Isabel de Oliveira (Paula Burlamaqui), foi pra São Paulo onde faria sua primeira tentativa no teatro Boavista, um dos melhores da cidade. Mas as coisas não saíram como o esperado. Escalada para substituir Otília Amorim, estrela da época, Dercy ficou em pânico quando abriram as cortinas e não conseguiu cantar. Foi vaiada e expulsa do teatro, sob ameaças de nunca mais trabalhar nos palcos paulistas.

Com a reputação manchada, Dercy seguiu o conselho de Isabel e, atrás de dinheiro fácil, foi até um bordel de classe. Entre quatro paredes, na presença de Valdemar (Cássio Gabus Mendes), sem conhecer nada da intimidade de um casal, começou a chorar e confidenciou a sua história. “Eu nunca fiz isso antes. Só estou aqui para conseguir dinheiro para pagar o tratamento do meu marido que está internado num sanatório, em Atibaia”


A Globo acertou em homenagear Dercy Gonçalves com esta microsérie, a atriz foi sem dúvida uma das grandes responsáveis pela decolagem da emissora, ainda em seu início. Mas apesar da bela história, a produção falhou em alguns momentos. O episódio começou com imagens de Dercy ainda viva, totalmente desnecessário. Mas até ai tudo bem. Com cenários, figurinos, texto e direção muito bem cuidados as cenas foram de encher os olhos. 

Dercy de Verdade teve em suas protagonistas, Heloisa Perissé e Fafy Siqueira, a grande força de uma obra que primou por humanizar uma artista que sempre foi cercada por todo tipo de rótulo. Dercy surgiu como um ser humano completo, com erros e acertos, medos e ousadia. Uma mulher realmente fascinante. Fafy apareceu pouco no primeiro capítulo, mas convenceu e enantou como a Dercy já bem madura e consagrada. Estava com um pé atrás em relação à Heloísa e realmente preferia que sua filha, Luiza Perissé (que ficou pouquíssimo no ar), interpretasse a Dercy menina por mais tempo. Apesar da boa atuação, Heloísa não conseguiu convencer como uma garota de 17 anos e só via ali uma mulher de, no mínimo, 35 anos. 

A narração ora era da Dercy ora da Fafy também ficou um pouco estranho, seria melhor ter usado apenas uma ou outra. Foram pequenos deslizes que não tiraram o brilho de um programa extremamente simpático, muito divertido e emocionante.

No quesito audiência a estreia foi muito bem, marcou 25 pontos de média e garantiu o primeiro lugar isolado.

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