Por Giuliana Bianchini
Nesta semana, os fãs americanos de "Glee" puderam desfrutar de bons covers das músicas de um dos maiores artistas pop do mundo. Intitulado ‘Michael’, o episódio foi um tributo ao cantor Michael Jackson. O repertório contou com clássicos como Smooth Criminal, Bad, Black or White e baladas como I Just Can’t Stop Loving You.
A grande preocupação nesse gênero de episódio é torná-lo mais uma homenagem do que continuação da série, como aconteceu na segunda temporada como Britney/Brittany. Porém, os roteiristas de "Glee" surpreenderam desenvolvendo e concluindo várias histórias. Muito divulgado, o episódio teve o melhor desempenho de audiência da temporada, pois até quem já havia desistido da série ou não a conhecia sentiu-se curioso para acompanhar.
‘Michael’ intensificou a rivalidade entre os corais New Directions e Warblers, antigo grupo do Blaine. Enquanto isso, acompanhamos os dias seguintes ao pedido de casamento de Finn para Rachel e a tão esperada conclusão da loucura que impuseram à Quinn nesta temporada.
Quanto a esta última, nunca simpatizei com a personagem. Não a achava uma vilã interessante ou boa moça. E as coisas ficaram ainda mais difíceis para ela quando a Santana ganhou destaque e a honra do nosso rancor eterno pelas estratégias sucedidas e o bullying bem colocado. Mas, depois de tanto ser abusada pelos roteiristas de "Glee", entrei para a torcida da Quinn, não só pela esperança em melhores histórias na série, mas por respeito à atriz que se dedica ao papel. A ex-Cheerios teve tantas loucuras que só de pensar dói a cabeça. Concluindo, era triste e frustrante assistir a personagem.
Nesta terça, os envolvidos na criação de "Glee" colocaram a loira para analisar a situação da Rachel, e mesmo não concordando com o discurso dela, você tem que tirar o chapéu para os personagens de "Glee" quando eles fazem sentido com argumentos bem desenvolvidos. E como foi bacana a apresentação de ‘Never can say goodbye’. Poderosa e digna de series finale.
Ainda no tópico de apresentações, destaco a bem coreografada ‘Bad’, a autêntica ‘Smooth Criminal’ (2Cellos arrasou!) e a excitante ‘Black or White’. ‘Scream ‘ficou impecável, mas achei que tanto ela quanto ‘Bad’ poderiam ter sido cortadas.
‘I Just Can’t Stop Loving You’ ficou linda e foi encaixou-se no momento entre Finn e Rachel. O casal foi alvo de grandes discussões antes e depois do episódio devido ao tema do casamento. Apesar de achar que os motivos para os dois se juntarem estão equivocados, impossível não abraçar um drama bem feito e atuado (Parabéns principalmente ao Cory Monteith que está arrasando na temporada!) ou como não se emocionar com o romance entre os dois. Ainda mais quando esse drama/romance trará, em episódios futuros, visitas tão esperadas pelos fãs.
Outra surpresa agradável em Michael foi a safadeza de Sebastian, o novo líder dos Warblers. O personagem que até pouco tempo atrás era aposta de triângulo amoroso com Kurt e Blaien, deixou cair a máscara e mostrou que veio para fazer bullying inteligente e ganhar a qualquer custo as Regionals. Uma proposta muito mais decente para o cara. Além dele já causar polêmica com toda a tensão sexual no dueto com a latina – e lésbica – Santana.
No geral, gostei muito do episódio. Os repetecos ainda incomodam, como a história de Mercedes e Sam, personagens que mereciam um enredo tão mais interessante do que o triângulo amoroso com Shane. Mas falar que "Glee"gasta muito tempo de roteiro em relacionamento já ficou muito batido. É crítica antiga. Pontos positivos pelas continuidades como cenas como as de Kurt e Rachel esperando ou recebendo as cartas de NYADA. A expectativa era grande e ainda terminou com cliffhanger.
Agora é esperar para ver se o gingado, simpatia e sensualidade de Ricky Martin seguram a audiência – e o desenvolvimento das histórias – na próxima semana.
0 comentários to "Opinião | O tributo de Glee ao rei do Pop"